1985



O XXII Festival RTP da Canção 1985  lugar no dia 7 de Março de 1985 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Antes de mais, esta edição ficou marcada por várias polémicas nos ensaios. Os jornais destacaram a falta de som, o atraso de longas horas e várias avarias nas câmaras. Temeu-se que o festival não fosse estar pronto para arrancar à hora marcada. Além disso, houve várias manifestações, organizadas pelo Sindicato dos Músicos e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, para que não se usasse novamente o playback. Por esta razão, a polícia reforçou a segurança na noite da finalíssima. Como curiosidade vale a pena contar que, por sete horas de trabalho, os artistas recebiam 17 mil escudos.

O júri nacional foi composto por 40 estudantes e 16 jornalistas, e ainda por convidados da RTP, perfazendo um total de 198 pessoas. A grande vencedora da noite foi Adelaide Ferreira com a canção "Penso em Ti, (Eu Sei)", tendo também sido galardoada com a atribuição do Prémio de Interpretação.

 

1984



O XXI Festival RTP da Canção 1984  teve lugar no dia 7 de Março de 1984 no Auditório Europa.Os apresentadores foram Fialho Gouveia e Manuela Moura Guedes.

Devido a uma greve dos músicos a RTP optou por recorrer a música gravada, com exceção de Maria Guinot que se fez acompanhar ao piano.

O júri distrital foi dispensado e substituído por um júri de sala, constituido por 18 personalidades da vida cultural portuguesa.

A primeira parte deste festival foi preenchida pela atuação de Linda de Suza que foi a Presidente do Júri, sem direito a voto.

Na segunda parte deste espetáculo foram apresentadas as 16 canções, seguindo-se a votação, onde cada jurado indigitava ou não a passagem à super-final de cada canção. Contadas estas indigitações chegou-se aos 6 temas finalistas.

No final da votação a canção "Silêncio e tanta gente" da autoria e com interpretação de Maria Guinot foi consagrada a grande vencedora com 150 pontos,

Adelaide Ferreira ganhou o Prémio de Interpretação pela sua prestação com "Quero-te, choro-te, odeio-te, adoro-te".

 

1983



A RTP decidiu descentralizar o Festival da Canção que até 1982 sempre se tinha realizado em Lisboa. Assim, em 1983 o Festival da Canção ruma até ao Porto e a 4 de Março o Coliseu do Porto acolhe este evento. O Coliseu recebeu um total de 1900 pessoas, e a Madeira e os Açores puderam assistir ao programa em direto, via satélite.

O júri distrital votou, que concedeu a vitória a Armando Gama e "Esta balada que te dou". Os grandes favoritos da noite eram Cândida Branca Flor & Carlos Paião com "Vinho do Porto (Vinho de Portugal)" que acabaram por se classificar em 4º lugar.

 

1982



Esta edição teve de enfrentar várias adversidades até poder ser realmente levada a cabo. A primeira barreira foi a própria RTP: a diretora de programas, Maria Elisa Domingues, confessou ao Correio da Manhã que era intenção do canal acabar com o Festival. Depois, o Festival foi parar a tribunal. A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) apresentou uma queixa contra o júri de seleção e exigiu o cancelamento do Festival. Em causa estava o facto de os jurados terem escolhido 12 temas “em cerca de 700, no prazo de algumas horas”, como escreveu o DP. O Juízo Civil de Lisboa, depois de ouvir esses membros do júri e a direção da RTP, considerou ilegítima a petição da SPA. Tudo acabou bem e o Festival acabou por se realizar.

O júri de seleção apurou 12 canções que no dia 6 de Março desfilaram, no Teatro Maria Matos,

A escolha da canção vencedora foi da inteira responsabilidade do júri distrital que atribuiu a vitória ao tema "Bem Bom" da autoria de António Avelar de Pinho, Pedro Brito e Tozé Brito, com interpretação das Doce. Esta canção obteve 182 pontos, apenas mais 6 que a canção de Carlos Paião defendida por Cândida Branca Flor, "Trocas e Baldrocas".

 

1981



Em 1981 a RTP abriu o tradicional concurso público a todos os compositores portugueses e um júri de seleção apurou 12 canções para a grande final do Teatro Maria Matos que teve lugar a 7 de Março. A apresentação deste festival esteve a cargo de Rita Ribeiro e de Eládio Clímaco.  o júri distrital votou e decidiu que a canção vencedora seria "Playback" interpretado por Carlos Paião, na medida em que as Doce e o "Alibabá" eram os grandes favoritos da noite. Porém esta canção foi relegada para o 4º lugar. Na 2ª posição ficou "Morrer de amor por ti" de José Cid e em 3º lugar classificou-se Maria Guinot com" Um adeus, um recomeço".

 

1980



Em 1980 a RTP repetiu a mesma fórmula do ano anterior. Assim, a estação pública de televisão abriu concurso público a todos os compositores, tendo o canal recebeu 419 originais, e selecionou 27 canções que distribuiu por três eliminatórias que tiveram lugar no Teatro Villaret

Os anfitriões deste festival foram Ana Zanatti e Eládio Clímaco.

Este festival assinalou o início das emissões regulares a cores em Portugal e glamour não faltou nomeadamente com a atuação das Frenéticas, as atrações convidadas que atuaram na 1ª parte e também com os concorrentes Doce, José Cid e Zélia. Foi um autêntico espetáculo de luz e cor digno de uma emissão especial que também comemorava o aniversáriio da RTP.

O grande vencedor da noite foi José Cid, com a canção de sua autoria, "Um grande, grande amor". Esta canção obteve 92 pontos do júri distrital o único responsável pelas votações da final. As Doce posicionaram-se em 2º lugar com 68 pontos.

 

1979



O Festival da Canção de 1979 foi delineado pela RTP de modo diferente dos anteriores. A estação pública de televisão abriu concurso a todos os compositores, tendo recebido 257 originais. O júri de seleção apurou 27 canções que foram distribuídas por três semifinais que tiveram lugar no Teatro Villaret, em Lisboa.

A grande final aconteceu a 23 de Fevereiro no Cinema Monumental, em Lisboa. A apresentação das três semifinais e da grande final foi da responsabilidade de Fialho Gouveia e de Manuela Matos que mais tarde viria a mudar o nome para Manuela Moura Guedes.

Na grande final a votação esteve somente a cargo do júri distrital que escolheu o tema "Sobe, sobe, balão sobe" para nos representar no Festival Eurovisão da Canção, uma canção da autoria de Nóbrega e Sousa, com interpretação de Manuela Bravo e orquestração de Fernando Correia Martins.  Em 2º lugar classificou-se a canção "Eu só quero" por Gabriela Schaaf,.a 17 pontos de distância da vencedora.

 

1978



Em 1978 a RTP abriu concurso público para a recepção de originais com vista ao XV Festival RTP da Canção também designado por Uma Canção Portuguesa.

Os Gemini, José Cid e Tonicha foram os cantores indigitados, pela estação pública de televisão, a interpretar quatro canções cada.

O processo de apuramento da canção portuguesa para o Eurofestival voltou a mudar. Este ano, a RTP optou por um júri de sala, composto por 12 personalidades da vida cultural portuguesa, presidido pela atração brasileira Elis Regina, que na 2ª parte do evento apresentou o seu espetáculo Transversal do Tempo.

A canção selecionada para representar Portugal na Eurovisão foi o tema "Dai-li-dou", com letra de Carlos Quintas e música de Vítor Mamede e interpretação dos Gemini (Fátima Padinha, Mike Sargeant, Teresa Miguel e Tozé Brito). A orquestração da canção vencedora esteve a cargo do maestro Thilo Krasmann.

 

1977



O XIV Grande Prémio TV da Canção 1977  teve lugar no dia 12 de Fevereiro de 1977, no Estúdio 1 da RTP, em Lisboa e Herman José e Nicolau Breyner foram os apresentadores do Certame, também intitulado por As 7 Canções.

A RTP, em 1977, voltou a inovar na sua seleção para a Eurovisão. A estação pública de televisão abriu concurso a todos os compositores e o júri de seleção, entre os 170 originais recebidos, apurou sete canções, mas com a condição dos respetivos compositores criarem duas versões distintas.

No dia 26, às 22h30, a RTP revelou a decisão dos portugueses que se manifestou maioritariamente pela Versão A da Canção nº 1, o tema "Portugal no Coração", com poema de Ary dos Santos, música de Fernando Tordo e interpretação de Os Amigos, grupo formado especialmente para este festival e integrado por: Ana Bola, Edmundo Silva, Fernanda Piçarra, Fernando Tordo, Luísa Basto e Paulo de Carvalho. Neste espetáculo foram entregues os prémios respetivos, respeitantes à canção vencedora, assim como o Prémio de Interpretação que foi ganho também pelos Amigos.

 

1976



Em 1976 a RTP optou por fazer o Festival da Canção em moldes inéditos, até então. A estação pública de televisão convidou especialmente Carlos do Carmo para nos representar no Eurofestival e assim interpretar todos os temas.

O concurso foi aberto a todos os compositores que concorreram sob pseudónimo. O júri de seleção quando escolheu as oito canções não sabia quem as tinha composto.

O apuramento da canção vencedora foi da inteira responsabilidade dos telespetadores que até dia 28 de fevereiro tiveram a oportunidade de se pronunciarem sobre a sua preferência, através de cupões publicados nos jornais e revistas da época. Em cada cupão o telespetador apenas teria que indicar uma canção, preenchê-lo e colá-lo num bilhete-postal dos CTT e enviá-lo para os apartados anunciados. O escrutínio foi efetuado até dia 3 de março. A 7 de março e depois de escrutinados os votos dos portugueses, as oito canções voltam a ser apresentadas do 8º ao 1º lugar, onde foram revelados os autores de cada tema e a percentagem de votação obtida por cada canção. O tema mais votado e que se consagrou vencedor foi "Uma flor de verde pinho", com poema de Manuel Alegre e música de José Niza.

 

1975



O XII Grande Prémio TV da Canção Portuguesa 1975 foi o primeiro que não passou pelo crivo da censura ou Comissão de Exame Prévio, como o regime preferiu designar os censores nos últimos anos da ditadura.

Neste ano a RTP, face à escassez de tempo para abrir o concurso a todos os compositores e também pela preocupação de trazer alguma qualidade ao evento (foi este o argumento usado), optou por convidar 14 compositores.

A votação foi da responsabilidade dos autores e compositores a concurso. Madrugada com letra e música de José Luís Tinoco e interpretada pelo capitão de Abril, Duarte Mendes, foi a grande vencedora.

A transmissão deste Festival também foi diferente, assim a apresentação das 10 canções ao grande público foi feita em diferido a 14 de fevereiro às 13h na RTP1 e às 21h na RTP2 (na época nem todas as pessoas tinham acesso a este canal). No dia seguinte, sábado, a gravação das canções voltou a passar e a votação, em direto, revelou a vontade dos autores e compositores. Um festival muito diferente do habitual.